Gestão

Quanto custa a manutenção de um aplicativo?

10 de Novembro de 2020

por Marketing

Tempo de leitura: 12 min

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O lançamento não é o fim do ciclo de desenvolvimento de um app. Mas o que envolve e quanto custa a manutenção de um aplicativo?

O ciclo de vida do desenvolvimento de um aplicativo não se encerra com a publicação bem-sucedida do app no Google Play e na Apple Store – embora boa parte do trabalho tenha sido feita. Após criar um aplicativo, você tem um resultado importante, mas um novo capítulo se inicia: a manutenção do aplicativo. Pela qual você terá custos contínuos.

Leia mais: Quanto custa criar um aplicativo?

Não apenas custos contínuos, mas que podem variar e envolver novos fatores rapidamente. Afinal, estamos falando de um mercado que envolve tecnologia e consumidores, cujos comportamentos são afetados por tantas variáveis que podem girar 180º de uma hora para a outra.

Além disso, estamos em um universo de 3,04 milhões de apps só na Play Store e que cresce numa escala de 100.000 novos apps por trimestre – segundo dados da Statista –, dos quais a maioria não será nunca mais atualizada.

Para muitos, a dificuldade está em prever o que precisará ser mantido e qual será o custo da manutenção do app.

Pensando nisso, neste artigo, vamos elencar todos os custos básicos da manutenção de um app e, com base neles, estimar quanto você terá que tirar do bolso.

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Como disclaimer, repetimos: faremos uma estimativa – com todos os seus prós e contras. Apps podem ser construídos de maneiras bem distintas e, mais do que isso, os objetivos a que se destinam podem acarretar em necessidades maiores ou menos de manutenção depois da criação.

Como calcular: custos envolvidos na manutenção do app

Numa visão bem técnica, a manutenção de um aplicativo é ajustar bugs e adapá-lo para novos dispositivos e versões de sistemas.

Mas, na verdade, nunca é assim apenas: os custos de manutenção de um aplicativo vão incluir muitos fatores, dependendo bastante de como ele foi construído, da necessidade de incluir novas funcionalidades, de adicionar conteúdo, de modificar o design ou tecnologias.

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Então, é bem provável que, quando você acha que está economizando em alguma coisa durante a produção, mais para frente você tenha custos adicionais por essa decisão.

Basicamente, o custo total vai depender dos planos de melhorar o aplicativo. Vamos citar os principais fatores em jogo na manutenção de apps.

1. Updates de conteúdo e novidades

Conquistar usuários é um grande desafio para quem cria um app. Mas, se você está atravessando bem essa fase, poderia pensar: em time que está ganhando não se mexe.

Aí que mora o perigo. No mundo dos apps é o contrário. Usuários ativos contam com updates regulares em seus aplicativos. Um e-commerce precisa ter promoções e novidades em seu catálogo, uma rede social terá novas funcionalidades e por aí vai. São essas atualizações que garantem o engajamento e o retorno contínuo.

Então, se você deverá continuar a fazer melhorias baseadas em adição e produção de conteúdo para seu app, esse será um custo contínuo.

2. Analytics e pesquisas

O monitoramento de interações e da performance geral do aplicativo, com o acompanhamento de métricas como número de instalações, engajamento e mapas de calor, são fundamentais para orientar os updates de acordo com as preferências de uso validadas pelos usuários reais.

Ferramentas como o Flurry, Google Analytics e outras são gratuitas, mas ferramentas avançadas de análise serão pagas.

Nessa conta, adicione ainda os custos com a análise e possíveis pesquisas de usabilidade, revisões de UX e novas tendências.

3. Manutenção de problemas técnicos e revisão de design e desenvolvimento

Ajustes de bug, refinamento de código, mudanças no design e novas funcionalidades causadas seja por necessidades internas ou externas – como mudanças em bibliotecas e sistemas operacionais, mas também nos próprios dispositivos – são custos constantes.

Aqui, podemos citar ainda mudanças nas regras de termos e condições de uso das lojas de apps.

A variação pode ser grande, indo desde pequenos ajustes no código até grandes atualizações funcionais.

4. Segurança

Segurança é um custo relevante com a manutenção de um aplicativo. Atualizar protocolos para garantir a blindagem contra ameaças, que aumentarão consideravelmente com a escala do aplicativo, assim como para garantir a adequação a novas legislações – como a LGPD – são pontos de atenção constantes.

5. Infraestrura

Serviços de hospedagem, base de dados ou servidores se incluem nos gastos contínuos com apps.

6. Integrações

Integrações com serviços como plataformas de pagamentos, notificações em push, mapas e outros sistemas, como suporte via bots, também vão acarretar em mais custos por envolverem mensalidades ou anuidades.

Adicione, no caso de recorrer a uma plataforma de construção de apps, APIs, armazenamento e outras funcionalidades.

Quanto custa a manutenção de um aplicativo

Visto isso, temos condições de dar uma resposta mais embasada sobre quanto custa a manutenção de um applicativo.

Os gastos com todos esses itens vão girar em torno de 15% a 20% dos custos com desenvolvimento inicial. Isso numa cadência anual, considerando uma versão bem conservadora de mudança em relação ao projeto inicial.

Agora, aplicativos concebidos para escala, monetização e popularidade – que precisam se manter sempre muito atuais – terão custos de manutenção bem maiores, podendo ultrapassar 50% do custo de desenvolvimento por ano. Quanto você acha que a Uber e o iFood gastam para manter seus apps?

Como reduzir o custo com manutenção de um app

Evidentemente, não é possível escapar dos custos inerentes à manutenção de um aplicativo. Mas isso não significa que não se possa economizar.

Boa parte da economia com manutenção do aplicativo está no começo, ao tomar decisões que garantam a facilidade e baixo custo de manutenção depois.

1. Investir na plataforma certa

Plataformas de desenvolvimento nativas ou híbridas, de acordo com o budget e os objetivos do app, poderão acarretar em custos de manutenção distintos depois.

Por exemplo, uma plataforma nativa implica um app mais estável e confiável, mas por outro lado a manutenção de ao menos duas plataformas, considerando Android e iOS.

Já uma plataforma híbrida combina o melhor das plataformas nativas, com o ônus de não ter tanta leveza e rapidez, nem todas as funcionalidades.

Pesar entre fazer mais a um custo maior ficará a critério da própria necessidade do app.

2. Validar MVP com usuários

Sempre considere que 80% do valor que os usuários de um app percebem nele se deve a 20% de funcionalidades. É raro que o grosso dos usuários use mais do que isso. Aliás, 45% das features nunca são usadas.

Só que mesmo sabendo disso, tendemos a superestimar as funcionalidades de um MVP. E você sabe: quanto mais robusto o app, maior o custo de desenvolvimento e, logo, de manutenção.

Leia mais: Product backlog: do projeto ao produto

Então, a conclusão é investir em elementos que os usuários vão realmente usar. Fazer isso por meio de um MVP, criado por meio de Lean Inception ou Design Sprint, e produzir conhecimento validado com usuários reais e stakeholders são maneiras de limitar o escopo inicial ao essencial e a crescer com sucesso.

3. Pensar em escalabilidade e em manutenção desde o princípio

Ter em mente que os custos com manutenção do app serão constantes e tomar decisões mirando o longo prazo são a maneira mais efetiva de economizar com manutenção de app.

A não ser que as funcionalidades, conteúdo e o número de usuários não variem ao longo do tempo – e mesmo assim você terá trabalho para sempre –, uma maneira de evitar custos posteriores adicionais, por exemplo, é garantir a escalabilidade do app, investir em testes e performance com os olhos voltados para o futuro.

4. Não buscar economizar com time de desenvolvimento e de manutenção

Trabalhar com uma equipe de designers e desenvolvedores experientes desde o começo do projeto também é um fator que, lá na frente, vai acarretar em economia com manutenção do aplicativo. Um aplicativo mal desenhado pode até ser funcional, mas gera muitos problemas, logo gastos.

Leia mais: Como funciona o outsourcing de profissionais de TI da Supero

Outro cenário muito comum é que muitas empresas, após investir em um grande time de desenvolvedores, buscam times mais baratos para fazer a manutenção do aplicativo.

Embora a ideia seja interessante, não é isenta de problemas. Ao trocar de time, por exemplo, muita energia e tempo serão gastos na curva de aprendizagem. Novos desenvolvedores precisarão de tempo para se adaptar ao projeto, às tecnologias e ao modelo de trabalho.

Outro ponto relacionado a isso serão os updates e adição de funcionalidades. Talvez, um time diferente sue mais para produzir os mesmos resultados que o time que criou o app. Este vai saber exatamente o que precisa ser modificado, fraquezas etc.

Leia também: Time ágeis: por que são uma vantagem competitiva?

5. Acompanhar analytics

Citamos acima o monitoramento das interações dos usuários como um custo. Mas o ROI pode ser grande se você usar analytics para modificar e otimizar o aplicativo de acordo com o que se mostra prioritário.

Então, mesmo que inicialmente seja um gasto, no médio e longo prazos é uma das maneiras mais efetivas de economizar com a manutenção do app.

Quanto custa a manutenção de um aplicativo: olhe para o futuro

Vimos que, embora sempre haja um custo com a manutenção de um aplicativo após a publicação – mesmo que você não queira adicionar nenhuma funcionalidade –, esse valor pode variar bastante para mais ou para menos.

Evidentemente, isso dependerá dos objetivos de negócio atrelados ao produto. Para um app interno à empresa, com número de usuários, conteúdo e atualizações limitados, restringir-se a uma manutenção básica será suficiente por algum tempo.

Agora, se esse app for o seu produto, mais esforço será necessário – envolvendo todas as atividades standard e itens adicionais como analytics, time, features, serviços externos etc.

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Leia também: Fábrica de software é a solução para o seu projeto?


Escrito por Marketing

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