Modernizar a infraestrutura tecnológica é uma preocupação constante para empresas que precisam manter a operação estável enquanto incorporam inovações. Muitos desses negócios ainda dependem de mainframes, sistemas monolíticos e bancos de dados legados, sustentando processos críticos como core bancário, gestão de supply chain e monitoramento de operações industriais.
Essa dependência impõe limites que dificultam a integração com novas tecnologias, escalabilidade e compliance com normas regulatórias. Não é à toa que empresas que adotaram cloud computing, microsserviços e APIs abertas já colhem os benefícios de arquiteturas ágeis e flexíveis, e aquelas que ainda operam com tecnologias ultrapassadas enfrentam altos custos, falhas operacionais recorrentes e riscos de segurança.
Neste artigo, abordaremos quais são os principais desafios de manter a tecnologia ultrapassada e como abordagens estratégicas mudam a operação, deixando-a estável. Veja!
Os desafios da tecnologia ultrapassada para a operação e inovação das empresas
A infraestrutura tecnológica de uma empresa não pode ser um entrave para crescimento e inovação. No entanto, sistemas legados e arquiteturas ultrapassadas ainda sustentam operações críticas em muitos negócios, como processamento de transações financeiras, gestão e monitoramento em tempo real de dados industriais.
Na prática, manter essas tecnologias traz muitos desafios para as empresas. Dentre eles, destacamos os principais a seguir.
Rigidez operacional e custo crescente
Tecnologias obsoletas são sinônimo de baixa flexibilidade. Qualquer ajuste, integração ou atualização exige investimentos desproporcionais, o que aumenta o custo total de propriedade (TCO) e o tempo necessário para adaptações. Além disso, o suporte e a manutenção ficam cada vez mais caros, pois fornecedores descontinuam versões antigas, forçando as empresas a manter estruturas pouco sustentáveis.
Barreiras à inovação e escalabilidade
Sistemas legados não foram projetados para ambientes ágeis e escaláveis. A dificuldade em integrar novas tecnologias como cloud, data analytics e IA retarda a inovação e a adoção de novos modelos de negócios.
No setor financeiro, por exemplo, bancos digitais e fintechs operam em arquiteturas modernas, mas o mesmo não acontece em grandes instituições tradicionais, que lutam contra a rigidez de seus core systems.
Risco operacional e falta de governança
Infraestruturas desatualizadas são vulneráveis a falhas e ciberataques, pois não acompanham as novas exigências de compliance e segurança, que surgem diariamente. Portanto, empresas que operam com tecnologia defasada lidam frequentemente com downtime não planejado, que afetam operações críticas e resultam em prejuízos financeiros e reputacionais.
Experiência do usuário comprometida
A experiência do usuário (UX) pode reter um cliente e aumentar a produtividade dos colaboradores, mas somente sistemas modernos conseguem esse feito. Afinal, se forem obsoletos, dificultam operações internas e frustram usuários externos.
Na prática, acontece o seguinte:
- Clientes: plataformas antigas geralmente não são responsivas, possuem interfaces desatualizadas e exigem várias etapas para processos simples, como abrir uma conta, realizar um pagamento ou acessar um serviço. A ausência de integração com APIs modernas impede funcionalidades básicas, como autenticação simplificada, autosserviço inteligente e suporte omnichannel. O resultado? Abandono da jornada de compra e baixa satisfação.
- Colaboradores: os profissionais perdem tempo navegando por interfaces lentas e complexas, lidando com dados descentralizados e enfrentando dificuldades na extração de relatórios. O reflexo disso é uma operação lenta, tornando a tomada de decisão mais desafiadora e limitando a inovação interna.
5 métodos para modernizar sistemas legados sem comprometer a operação
Empresas que operam com sistemas legados enfrentam o dilema entre atualizar sua tecnologia e manter a estabilidade operacional. A modernização não precisa ser disruptiva; existem abordagens planejadas que diminuem riscos, controlam custos e preservam a continuidade. Entenda todas elas a seguir.
1. Modernizar gradualmente (Strangler Pattern)
Ao invés de substituir um sistema inteiro de uma vez, novos serviços são desenvolvidos e integrados, enquanto funcionalidades legadas são desativadas aos poucos. Essa abordagem reduz riscos operacionais, viabiliza testes controlados e assegura que a transição aconteça sem prejuízos para usuários internos e clientes.
2. Uso de APIs para integração com novas tecnologias
Muitas empresas precisam manter sistemas antigos operacionais, mas isso não significa que não possam conectar-se a novas soluções. O uso de uma camada de APIs entre o legado e serviços modernos possibilita que novas aplicações operem em paralelo, o que traz mais agilidade e escalabilidade sem precisar reescrever o código do zero.
3. Migração para Cloud em etapas (Lift-and-Shift ou Refactoring)
Migrar sistemas legados para a nuvem otimiza custos, melhora a performance e aumenta a segurança. Dependendo do nível de maturidade digital da empresa, diferentes abordagens podem ser adotadas:
- Lift-and-Shift: transferência do sistema sem alterações estruturais, proporcionando adaptação rápida e benefícios imediatos, como maior disponibilidade, escalabilidade sob demanda e menor tempo de migração.
- Refactoring: revisão de partes críticas, como banco de dados, camadas de integração e lógica de negócios, para melhorar desempenho e flexibilidade, utilizando arquiteturas escaláveis como containers e microserviços, como autenticação de usuários, processamento de pagamentos, etc.
4. Automação de testes e monitoramento contínuo
Modernizar requer testes automatizados para cada mudança ser validada antes de causar efeitos no ambiente produtivo. Soluções de observabilidade e monitoramento em tempo real, como Prometheus, contribuem para identificar gargalos e refinar processos antes que prejudiquem a operação.
5. Arquitetura híbrida para pontos sensíveis
Empresas com sistemas críticos e regulamentados (como no setor financeiro e industrial) podem optar por uma abordagem híbrida, que mantém componentes essenciais no ambiente legado ao mesmo tempo que migram partes menos sensíveis para infraestruturas modernas. Essa estratégia viabiliza uma transição gradual, sem comprometer a conformidade regulatória ou a estabilidade operacional.
Uso de microsserviços e APIs para integrar novas tecnologias
Modernizar sistemas legados não precisa ser abrupto. A integração via APIs incorpora novas tecnologias sem prejudicar a operação. Já os microsserviços convertem sistemas monolíticos em uma arquitetura modular e adaptável.
Em vez de uma estrutura inflexível, os microsserviços dividem funcionalidades em partes independentes, permitindo que evoluam separadamente. Assim, reduzem riscos, melhoram a estabilidade e facilitam a adoção de novas soluções sem reformular todo o código.

No setor financeiro e industrial, onde disponibilidade e tempo de resposta são prioridades, essa abordagem amplia serviços conforme a demanda, passando longe de gargalos e proporcionando um desempenho mais previsível.
Já as APIs criam uma camada de comunicação entre o legado e novas tecnologias, viabilizando integração de IA para automação, análise de dados avançada e conexão com sistemas de terceiros sem expor a estrutura da empresa a vulnerabilidades.
No caso de indústrias, APIs já conectam dispositivos IoT, sistemas de produção e plataformas de gestão, aprimorando a operação sem exigir mudanças radicais.
A transição para microsserviços e APIs pode ser estruturada com um API Gateway para:
- Segurança e gerenciamento centralizado;
- Protocolos de comunicação assíncronos para evitar dependências diretas entre serviços;
- Monitoramento distribuído para rastrear chamadas entre microsserviços e detectar gargalos em tempo real;
- Uso de versionamento para ter compatibilidade entre diferentes implementações sem interrupções na operação.

Para evitar falhas sistêmicas, é preciso aplicar padrões como Circuit Breaker, que impede cascatas de erro ao detectar falhas e desativar temporariamente serviços com problemas.
Com uma abordagem gradual, empresas podem, com certeza, operar em um ambiente híbrido onde o legado continua ativo enquanto novas funcionalidades são desenvolvidas em microsserviços, promovendo escalabilidade progressiva e otimização contínua.
Esse modelo possibilita que empresas incorporem inovação com agilidade, sem gerar estabilidade da operação.
Exemplos de empresas que tiveram sucesso na modernização.
Com a transformação digital, os bancos digitais, como Nubank e C6, cresceram rapidamente ao adotarem arquiteturas baseadas em microsserviços e APIs abertas, com mais flexibilidade para integrar novos serviços e melhorar continuamente a experiência do usuário.
Ao contrário, grandes instituições financeiras no país, que operavam com sistemas legados, precisaram modernizar suas infraestruturas pouco a pouco para oferecer serviços digitais, mantendo a estabilidade das operações. E só agora, após anos, conseguiram oferecer o que os bancos digitais já oferecem há muito tempo.
Essas instituições passaram por isso, pois não contaram com o suporte da Supero, que acelera a modernização sem complicar a operação. Empresas que escolhem trabalhar conosco evoluem sua infraestrutura com muito mais agilidade, reduzindo o tempo necessário para implementar novas tecnologias e entregar valor ao mercado.
Com nossas equipes especializadas e metodologias ágeis, você pode modernizar sua empresa em sprints bem definidos, com cada etapa validada e entregue de forma segura. Utilizando tecnologias modernas como APIs abertas, microsserviços, cloud computing, conteinerização com Kubernetes e orquestração de CI/CD, é possível integrar novos serviços rapidamente, sem reescrever toda a infraestrutura do zero.
Além da velocidade, a Supero prioriza a segurança e a escalabilidade, para a modernização atender às regulamentações do setor e sustentar picos de demanda sem falhas. Assim, enquanto algumas instituições demoraram anos para se modernizar, as empresas que contam conosco não perdem tempo e se posicionam na vanguarda da inovação.
Se o objetivo é evoluir rapidamente sem arriscar a operação, conte com um parceiro experiente!
Sua vez de modernizar!
Não há como negar: empresas que mantêm sistemas legados correm o risco de operar com altos custos, baixa flexibilidade e vulnerabilidades crescentes. O mercado exige estratégias para modernizar as tecnologias que o seu negócio já usa, incluindo arquiteturas novas, cloud computing e automação.
A Supero já ajudou diversas empresas a acelerar essa transformação de forma segura e eficiente. Se sua empresa precisa modernizar sua infraestrutura e integrar novas tecnologias sem riscos, entre em contato com nossos consultores e descubra como evoluir rapidamente!