Data Science

Atendimento hospitalar: como a IA pode melhorar a experiência

16 de Setembro de 2021

por Marketing

Tempo de leitura: 8 min.

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Entenda o valor, as possibilidades de uso e os benefícios que a IA proporciona para o atendimento hospitalar

A busca por um atendimento hospitalar mais humanizado, ágil e eficiente fez com que o aumento pela procura de softwares personalizados fosse amplamente notado no setor da saúde. A pandemia só acelerou o processo, pois colocou à prova a capacidade dos hospitais para atender uma demanda jamais esperada. E a inteligência artificial está na mira do setor. 

Tanto que, segundo pesquisa da GVR, o mercado de inteligência artificial na saúde foi avaliado em US$ 6,7 bilhões em 2020 e deve se expandir a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 41,8% de 2021 a 2028. A Accenture vai na mesma linha, prevendo um mercado de US$ 6,6 bilhões até 2021.

Similarmente,  a 97ª Edição da Revista Hospitais Brasil trouxe alguns dados importantes:

  • Até 2025, 90% dos hospitais dos Estados Unidos usarão inteligência artificial para melhorar o atendimento hospitalar. Metade dos executivos de hospitais norte-americanos está investindo em novas soluções com base nessa tecnologia.
  • No Brasil, um estudo do Banco Mundial mostra que a utilização da IA aplicada à análise do prontuário eletrônico poderia gerar uma economia de R$ 22 bilhões ao evitar repetições desnecessárias de exames e tratamentos.

Os principais fatores que corroboram o crescimento da receita de IA no mercado são o aumento no fluxo de dados digitais relacionados à saúde do paciente, a pressão crescente para reduzir os gastos e o aumento da demanda por medicina personalizada.

Então, como a IA pode ser usada a fim de melhorar o atendimento hospitalar? É o que veremos neste artigo, que vai abordar:

  • aplicações da inteligência artificial no atendimento hospitalar;
  • que benefícios esperar do uso de IA no ambiente hospitalar; e
  • qual o impacto ético do uso de dados pela saúde.

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Aplicações da inteligência artificial no atendimento hospitalar

O uso da IA no atendimento hospitalar visa uma melhora significativa em diversas frentes,  da cadeia de suprimentos de saúde ao tratamento. A ideia é a tecnologia ser uma chave estratégica que apoie as tomadas de decisão, ou seja, que traga respostas significativas a partir dos dados gerados. 

Com isso, a aplicação da tecnologia pode melhorar a experiência de atendimento ao paciente e impulsionar a eficiência operacional. A seguir, conheça alguns casos de uso.

1. Identificação precisa e rápida de patologias

O modelo tradicional de identificação de patologias envolve diversas tarefas mecânicas. Para encontrar células cancerígenas, por exemplo, o profissional deve retirar o tecido, colocar manualmente em uma lâmina e analisar as imagens promovidas pelo microscópio. 

Esse processo é passível de falhas humanas, uma vez que são feitas muitas análises. É aqui que a visão computacional ajuda o médico. Diferente do homem, a tecnologia não fadiga, podendo realizar infinitas observações a partir de um banco de imagens de tumores, facilitando o trabalho humano e permitindo que seja proposto um tratamento mais rapidamente. O mesmo mecanismo pode ser utilizado para diagnosticar casos da Covid-19 e acelerar o processo de identificação do vírus. 

infográfico jornada para a cloud computing

Uma das formas mais comuns de utilizar a IA na saúde é para identificar padrões em imagens radiológicas e constatar a presença de células cancerígenas. Também é possível utilizar essa técnica para encontrar eventos recorrentes em uma determinada região e faixa etária, permitindo que pesquisas sejam realizadas para promover a prevenção de doenças. 

Dessa forma, a IA promete aliviar a carga de tarefas repetitivas e deixar os médicos livres para pensar em tratamentos mais eficazes e direcionados.

Leia mais: Transformação digital na saúde: por que começar pela cloud computing?

2. Cadeia de suprimentos da saúde mais eficiente

A IA está transformando a gestão da cadeia de suprimentos na saúde. Isso porque a tecnologia permite que as deliberações sejam baseadas em dados. Mais do que dados, na integração de informações internas e externas. Na prática, isso significa poder controlar estoques em tempo real, evitando a falta de insumos, o que prejudica diretamente o atendimento dos pacientes. 

Além disso, a relação com fornecedores também é otimizada. Por meio do machine learning, é possível monitorar os preços dos fornecedores, configurar alertas para reposição do estoque e até mesmo avisar antecipadamente a próxima data de pagamento. Aplicar essa ferramenta estreita os laços com os fornecedores, por garantir mais transparência e previsibilidade para os processos de compras.

Tudo isso contribui para uma gestão da cadeia de suprimentos mais ativa e preventiva, passando longe dos desperdícios e, consequentemente, dos prejuízos. Mais importante ainda, promove rapidez e assistência de qualidade para os pacientes, que serão impactados positivamente pela agilidade fornecida.

3. Descobertas de medicamentos 

A velocidade com que a IA pode processar a química de diversos medicamentos, e relacioná-la a elementos já conhecidos, permite que a busca de novas soluções seja infinitamente mais rápida. 

Para que a IA possa ajudar os profissionais a encontrar fórmulas e combinações promissoras, é necessário montar um banco de dados digital completo. No entanto, muitas informações ainda se encontram em fontes não estruturadas, como revistas, artigos científicos e relatórios físicos. 

A solução é iniciar modelos que insiram processos de digitalização de ponta a ponta com o intuito de criar uma base confiável para alcançar o nível de maturidade exigida pela tecnologia. 

Benefícios: o que esperar do uso de inteligência artificial no ambiente hospitalar

Os benefícios trazidos pela IA e suas ramificações são extensos. A tecnologia promete ser uma aliada para os seres humanos oferecerem tratamentos, atendimentos e respostas rápidas aos pacientes, caminhando cada vez mais para uma medicina preventiva. 

Com isso, a IA viabiliza uma medicina muito mais próxima, pois o intuito não é substituir a capacidade analítica das equipes médicas, mas sim utilizar a tecnologia como um apoio para proporcionar atendimento de qualidade às pessoas. 

A combinação da capacidade de processar imensas quantidades de dados das máquinas com a expertise criativa humana será fundamental para a medicina encontrar curas, tratamentos mais promissores e diagnósticos preventivos para a sociedade.

O dilema dos dados: qual o impacto ético do uso de inteligência artificial pela saúde?

Os benefícios promovidos pelas aplicações tecnológicas da IA, no entanto, acarretam alguns desafios, especialmente em termos de ética. 

Primeiro, existe a questão da tomada de decisão com relação à saúde e os procedimentos relacionados ao paciente. Por mais preciso que seja o diagnóstico feito por uma IA, uma abordagem puramente digital e mecanizada da medicina pode levar a uma dissociação do aspecto humano do tratamento, algo que pode ser decisivo para o conforto e a segurança do paciente. 

O médico deve saber embasar suas decisões nas informações providas por tecnologia, mas sem perder o olhar humano sobre o processo, prezando pela dignidade, conforto e confiança do ser humano.

Depois, é a questão do viés de desenvolvimento dos algoritmos por trás da IA. Esses modelos são baseados no que se chama de RWD (dados de mundo real, na sigla em inglês), visando trazer mais realismo e precisão à análise diagnóstica. 

Contudo, é necessário manter um olhar crítico para a forma como esses dados são coletados, bem como sua origem. Além do aspecto legal (considerando as implicações da LGPD na saúde, por exemplo), deve-se tomar um cuidado especial para garantir que os dados representem a população de forma fiel, e não sob o viés do olhar dos desenvolvedores ou cientistas. 

Este cuidado com a manutenção da diversidade e inclusão na análise, além de tornar os diagnósticos mais precisos, também reflete o aspecto humano e universalizado da medicina, o qual não deve ser suplantado pela tecnologia.

Atendimento hospitalar: o lado humano da saúde potencializado pela inteligência artificial

Vale a pena reforçar: as máquinas não vieram para dominar o mundo dos humanos, e sim somar a ele. Com as aplicações da IA no atendimento hospitalar isso fica muito mais claro. 

A IA provou seu valor no combate aos desdobramentos da pandemia e ajudou a desafogar o sistema de saúde em diversos locais, tanto que isso foi comprovado em pesquisa divulgada pela PUCPR, com o uso de uma plataforma de coordenação do cuidado baseada em IA.

O futuro promete muitos casos de sucesso na saúde com a utilização da tecnologia, que caminha para um modelo de atendimento preventivo, rápido e focado no bem-estar das pessoas. Mais do que nunca, o indivíduo está no centro da transformação digital, e isso é particularmente verdadeiro quando se trata do setor de saúde. Assim, fica nítido que a sociedade global está focando em soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas e a tecnologia entra como um aliado poderoso nesta busca.

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Escrito por Marketing

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