Veja que métricas ágeis ajudam as equipes a melhorar a performance nas práticas ágeis
As metodologias ágeis fazem maravilhas pelas organizações e squads que incorporam os valores e as práticas. Só que nem sempre isso acontece imediatamente. A excelência é fruto da análise constante do time sobre como ele está praticando a agilidade e, a partir disso, na busca constante da melhoria. Só que, para fazer essa autoanálise, é preciso acompanhar de perto o desempenho em métricas ágeis.
Dentro do agile, há várias ferramentas para medir a agilidade do time. E essas ferramentas não são apenas um adendo, que o time usa se quer: elas têm a mesma importância das demais práticas das metodologias. Há indicadores para avaliar a produtividade da equipe, a qualidade e aderência dos usuários ao produto, a permanência de clientes etc.
Ainda assim, o acompanhamento de métricas ágeis está mais relacionado a empresas e equipes com práticas ágeis mais maduras. Ainda que times que estão em meio à sua transformação ágil possam se beneficiar mais do monitoramento, eles são os que menos fazem.
Neste artigo, trazemos 10 métricas ágeis que você pode monitorar facilmente dentro do seu time.
1. Velocidade
Essa métrica mede quantos story points uma equipe faz durante uma sprint. A velocidade determina a capacidade de um time de trabalhar no backlog, por isso é comum que ela aumente à medida que o projeto avança. Se ela diminuiu ou se manteve a mesma é sinal de que algum ajuste precisa ser feito.
2. Stories planejados vs. stories realizados por iteração
Métrica relaciona tanto à capacidade da equipe de fazer estimativas quanto à de entregar, a visualização da relação entre stories planejadas e realizadas ajuda a equipe a entender seu ritmo de trabalho. Aliada a métricas como o lead time, sobre o qual falaremos abaixo, é fundamental para a equipe conseguir atuar sobre questões que podem fazer a produção parar, dando fluidez ao fluxo e diminuindo a burocracia.
3. Budget orçado vs. custo atual
Um princípio de metodologias ágeis como a extreme programming é manter-se fiel ao orçamento estimado para o desenvolvimento da solução. Logo, acompanhar a relação entre o custo atual e o custo estimado será fundamental para tomar decisões de priorização ou, no limite, de extensão do tempo de execução nas sprints subsequentes.
4. Cycle time e lead time
Lead time é o período de tempo entre a requisição de um produto e a entrega. Todos os processos para fazer o produto, portanto, somam para o lead time. Já com o cycle time a equipe verifica o tempo específico de uma etapa do lead time. Com essas duas métricas ágeis, a equipe visualiza o tempo exato de dedicação a cada etapa do processo de desenvolvimento e onde estão os principais gargalos temporais.
5. Falhas de implementação
Medir o número de falhas em implementação, seja em testes ou em ambientes de produção, vai ajudar a entender quão sólido é o produto. Além disso, é a medida que indica o que está pronto na sprint.
Relaciona a essa métrica ágil está a do número de bugs descobertos apenas depois de um release entrar em produção. São as falhas que escaparam da fase de testes, número que deve sempre estar próximo de zero ou, idealmente, ser igual a zero.
Ambas as métricas ajudam a visualizar a qualidade do software implementado. No caso se os números subirem muito, pode ser necessário parar a produção para descobrir o que está errado.
6. Datas de releases planejadas vs. executadas
Relaciona à métrica de falhas de implementação, a comparação entre a data de release planejada e real ajuda a equipe a visualizar o impacto de seu processo de desenvolvimento sobre seu calendário de produção e a acurácia de suas estimativas.
7. Sprint burndown
Metodologias que organizam seus processos por sprints se beneficiam do gráfico de burndown. Esse gráfico monitora o progresso das tarefas (story points ou horas de projeto) ao longo do tempo. Há um linha-mestra com o número médio de tarefas remanescentes por sprint em torno do qual a equipe marca o número real de tarefas remanescentes por sprint. Com ele, a equipe tem uma previsão da quantidade de tarefas que consegue executar por sprint e ajustar o projeto a ela.
Relacionada a essa métrica está a de epic burndown, que monitora o progresso de um conjunto de stories, ou seja, os épicos.
8. CFD
O CFD avalia o status do trabalho em andamento, identificando visualmente ao longo do tempo o que foi feito, o que está em delivery, em review, em acompanhamento e esperando. Dentro de um diagrama de fluxo cumulativo, várias métricas podem ser acompanhadas.
9. Mudanças de escopo
Quantas e quais mudanças de escopo o projeto tem passado ao longo do tempo? Documentar essas solicitações pode ajudar a explicar impactos em outras métricas, como velocidade e até qualidade do software.
10. Horas individuais por iteração
Como está a carga de trabalho da equipe em cada sprint? Quem está fazendo o quê? As tarefas estão bem distribuídas? Ter ideia do tempo dedicado por cada profissional ao projeto ajuda a equipe a equilibrar melhor as demandas na planning e a redirecionar esforços.
Quem não mede não gerencia: acompanhe métricas ágeis
A agilidade vem do aperfeiçoamento ou, como se diz no lean thinking, do kaizen, tanto em termos de mindset quanto de práticas. Medir indicadores como os acima traz informações sobre a maturidade da equipe ou da organização.
Todas essas métricas são endereçáveis, e as próprias metodologias trazem ferramentas para ajudar nesse ponto.
Contar com a consultoria de agile coaches ou com agile masters dentro da equipe pode ser fundamental nessa jornada. Para dar o próximo passo, conheça o outsourcing de squads da Supero Soluções.