Veja como superar os desafios na gestão de equipes de TI em home office para garantir produtividade e engajamento
Com a pandemia de Covid-19, muitas organizações passaram a adotar o home office como modelo de trabalho padrão. Diante do novo cenário, líderes de tecnologia, assim como de diferentes setores, precisaram se adaptar à nova realidade, sobretudo na gestão das equipes remotas de TI.
De acordo com previsões da IDC, até 2023, a transformação digital e a volatilidade dos negócios levarão 70% das organizações globais a implantar modelos de trabalho remotos ou híbridos, redefinindo os processos de trabalho e engajando diversos grupos de talentos.
Isso significa que a alta performance na gestão de equipes remotas de TI é um imperativo para os líderes. Mas, como saber se as escolhas estão levando a efeitos positivos no desempenho?
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Falando um pouco de nossa experiência, a Supero tem desde a sua fundação um modelo de trabalho híbrido, oferecendo autonomia para os profissionais escolherem como, onde e quando realizam suas atividades, flexibilizando horários e locais de trabalho. Essa experiência nos ajudou a atravessar as mudanças que ocorreram em 2020 com certa facilidade, apesar da radicalização de certos desafios.
Com base em nossos aprendizados, ao longo deste post vamos abordar os potenciais obstáculos na gestão de equipes remotas de TI e trazer dicas para assegurar a produtividade e a motivação dos profissionais nesse modelo de trabalho que deve se estabelecer, pelo menos, pelos próximos anos.
Os potenciais obstáculos dos líderes na gestão de equipes remotas
No setor de tecnologia, um dos grandes desafios para manter um modelo de trabalho eficiente é saber equilibrar pessoas, estruturas, processos e tecnologias.
Com as mudanças no modo de trabalho, a coordenação dessas variáveis ficou bagunçada. Mesmo quando excelente, a gestão de equipes presenciais não equivale ipsis litteris com a de times remotos.
Novos desafios foram impostos a líderes de TI que precisaram fazer a gestão remotamente. Muitas barreiras foram sanadas mais facilmente, outras demandam tratamentos contínuos. E, mesmo após um ano de home office, gestores de TI ainda costumam encontrar obstáculos ao gerir equipes remotas. Entre os principais, destacam-se:
- Falta de habilidade em lidar com diferenças culturais e de língua, no caso de membros de diferentes países: isso pode gerar nos profissionais um sentimento persistente de falta de representatividade, entrosamento e até a impressão de exclusão, gerando efeitos em bem-estar, síndrome do impostor e, no limite, pedidos de demissão.
- Falta de coesão do time, no que diz respeito à organização de tarefas e alinhamento das atividades, que precisam estar claras e coerentes às estratégias traçadas pelo líder.
- Falta de direcionamento conjunto para manter uma rotina saudável e fluxos de trabalho adequados para cada profissional, muitas vezes ocasionadas por falha na comunicação e dedicação às atividades inerentes à gestão.
- Falta de visualização do andamento das demandas de seus liderados, por falta de acesso às informações. Nem sempre uma supervisão a distância consegue acompanhar as atividades dos profissionais como no presencial.
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8 dicas de gestão de equipes remotas
A liderança de equipe visa alcançar o alto desempenho dos profissionais e, para tal, a motivação de todos para que os esforços não se dispersem e haja espaço para a inovação.
No trabalho remoto, se os objetivos da gestão de equipe continuam os mesmos, os meios não. Os líderes de TI precisam adotar estratégias diferentes para fazer a gestão de forma eficaz.
Veja 8 práticas que vão ajudar você a gerenciar e apoiar uma equipe remota de TI:
1. Assegure alinhamento aos objetivos de negócio
Mantenha a equipe alinhada em relação a todas as atividades que envolvem a área, certificando-se que estão todos na mesma página e fazendo uma relação direta entre as ações e os objetivos de negócio, a fim de dar sentido e relevância a elas. É importante que sua equipe se una em torno de um propósito e tenha uma visão única de onde quer chegar.
2. Estabeleça papéis e expectativas claras
Times remotos precisam ser orquestrados com mais cuidado, pois as trocas para alinhamento tendem a ser menores devido ao distanciamento entre as pessoas.
Durante o alinhamento, organizar as tarefas e dar nome aos donos delas é fundamental para que cada membro da equipe saiba exatamente o que fazer e quando. Isso evitará confusões, que ninguém fique sobrecarregado ou que funções ou atividades se sobreponham.
3. Dê visibilidade ao fluxo
Todas as demandas em curso precisam estar visíveis para todos. A gestão visual, baseada em princípios do lean thinking e no agile, para que todos saibam o que está acontecendo na equipe e em que ponto todos estão, será fundamental para isso. Implementar e treinar a equipe para usar metodologias como o kanban, scrum ou scrumban encurtará o caminho para a melhoria de processos.
4. Facilite a comunicação
Adotar ferramentas de comunicação eficientes para assegurar que todos os membros do time consigam se comunicar facilmente para obter informações que precisam e quando precisam é primordial para o bom trabalho no home office. É papel do líder manter as cadências constantes entre o time e encorajar, ativamente, as trocas em grupo, fazendo com que a equipe se mantenha unida e alinhada.
5. Crie relacionamento para além do trabalho
Embora seja difícil, sobretudo em times remotos, manter uma convivência para além do ambiente corporativo, é fundamental criar oportunidades de chegar ao nível pessoal, criando rapport e melhorando a relação entre líder e liderado.
Isso ajuda os profissionais a se abrirem mais a respeito de suas dificuldades no trabalho e a se ajudarem para, juntos, resolver problemas que, por vezes, podem estar atrapalhando o bom desempenho profissional.
6. Saber delegar e empoderar pessoas
Como no ambiente remoto é mais difícil para o líder supervisionar o trabalho de seus liderados, dar autonomia para os profissionais do time será importante para destravar certas demandas e oferecer oportunidades de aprendizado individual e em grupo.
O líder vai precisar treinar seu time para sentir confiança e deixar que o trabalho flua de maneira a atender suas expectativas.
7. Construa ou continue com rituais divertidos
Mesmo em home office, você como líder deve incentivar interações divertidas entre o seu time, como happy hours virtuais, rodas de conversa e eventos festivos e interativos. É importante que as equipes se conectem socialmente, independente das circunstâncias. Evidente que a presença deve ser opcional para que a conexão não seja forçada.
8. Reconheça o valor das diferenças
Como líder, saiba valorizar e liderar uma equipe multicultural, respeitando as diferenças de comportamento, idade, gênero, status social, e, inclusive, enfrentando barreiras de idioma.
Respeitar e valorizar as escolhas da equipe é abrir espaço para a criatividade e a inovação de times diversificados, eliminando fatores que afetam a capacidade dos membros de participar e contribuir cada vez mais na evolução do setor e da organização.
Entenda: 3 tecnologias-chave que otimizam o trabalho remoto
Tenha um parceiro para liderar remotamente equipes engajadas
Como vimos, a gestão de equipes remotas de TI apresenta alguns desafios que podem afetar a performance da sua equipe. No entanto, adotando boas práticas e sabendo usar as competências digitais de cada profissional fica mais fácil superar os obstáculos.
E o foco das lideranças será necessário. Ao que tudo indica, o modelo de trabalho remoto deve se estabelecer, e os gestores precisam estar preparados para manter o time engajado e produtivo seja no modelo híbrido, presencial ou home office.
A Supero tem experiência nesse tipo de gestão, sendo um parceiro de clientes no gerenciamento de equipes remotas e presenciais, inclusive na gestão de times ágeis em home office.
Entre em contato com um de nossos consultores especializados e veja como ter mais agilidade, eficiência e produtividade na sua gestão de equipes remotas de TI.